Vamos conhecer um pouco da África?
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3- Notícias sobre a África
QUILOMBOLAS GAÚCHOS
3- Notícias sobre a África
QUILOMBOLAS GAÚCHOS
No Sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, houve a
formação de muitos quilombos, por dois motivos principais: primeiro, era mais
afastado dos grandes centros econômicos, como o Rio de Janeiro, Bahia e
Pernambuco. Segundo, os voluntários da pátria, muitos escravos alforriados por
terem participado da Guerra do Paraguay (1864 a 1870), não voltaram para suas
antigas moradias e estabeleceram-se em comunidades, principalmente no Rio Grande
do Sul.
Em 1872, foi fundada a
Sociedade Floresta Aurora pelos
gaúchos negros. Estima-se que, nessa época, a população escrava no Rio Grande do
Sul chegava a cerca de 20% da população total.
Em 1888, veio finalmente a abolição da escravatura. Muitos
escravos livres uniram-se também em comunidades quilombolas já existentes. Em alguns casos, os
antigos senhores cederam parte de suas terras para a formação dessas
comunidades.
Com o tempo, as terras de muitas comunidades quilombolas foram
invadidas por grandes proprietários ou tomadas por grileiros.
Os negros gaúchos tiveram participação importante na
Revolução Farroupilha
(1835-1845), como lanceiros. Alguns autores acreditam que eles foram traídos e
massacrados na Batalha de Porongos, em 1844.
Segundo a Federação das Comunidades Quilombolas, existem mais
de 130 comunidades remanescentes de quilombos no Rio Grande do Sul. Existiram,
por exemplo, quilombos em Rincão do Ipané, Rincão dos Fernandes, Palma
(Uruguaiana), Quadra da Palma (Encruzilhada do Sul), Chácara das Rosas (Canoas),
Linha Fão (Arroio do Tigre), Rincão dos Caixões (Jacuizinho), Limoeiro (Palmares
do Sul), Turuçu, São Lourenço do Sul e vários outros.
Essas comunidades são um patrimônio cultural.
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